sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sobre a rocha




"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" Mt 5.9


"Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses". Lc 6.29


"E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me". Mc 8.34


Já parou pra pensar como os ensinamentos de Jesus, sempre nos faz abrir mão de nosso orgulho, nossa justiça própria e tantas outras coisas da velha natureza que às vezes queremos cultivar? 
Hoje, assistindo a um desenho sobre as parábolas de Jesus com meu filho Pedro, vi um homem insensato  que decidiu firmar sua casa sobre a areia. Ele havia sido advertido que o solo era arenoso, e que o correto seria firmar sua casa sobre a rocha; mas ele viu que daria muito mais trabalho, ter que cavar a rocha e fazer nela um alicerce para aí sim firmar sua casa, suas mãos certamente ficariam calejadas pelo penoso trabalho.
Comecei então, a me recordar de trechos da Bíblia onde Jesus parece nos incentivar a sempre perder para que o outro triunfe sobre nós. 
A partir daí, iniciei uma batalha contra mim mesma, e vi como muitas vezes eu ajo como aquele homem insensato, pois viver uma vida firmada na rocha dá muito trabalho. O alicerce para ser feito, dá muito calo nas mãos, eu precisaria, para viver da forma que Jesus ensina, me negar, me anular, engolir meu GRANDE orgulho, e em várias situações aparentemente perder. 
Bem-aventurados os pacificadores! Se alguém te ferir a face, oferece-lhe também a outra! Será que não tem uma forma mais fácil de viver a vida cristã? A resposta é uma negativa. Pois quem quiser seguir a Cristo, precisa negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz para enfim seguí-lo.
Construir sobre a areia é muito mais fácil, mas o resultado é o mesmo que aquele homem insensato experimentou, RUÍNA.
Firmar nossa vida na rocha inabalável que é Cristo, dá muito mais trabalho, porém, quando a chuva descer, soprar os ventos, correrem as torrentes, não caímos, pois estamos firmados sobre a rocha. 
Ao ler todo o capítulo 7 de Mateus, nos deparamos com Jesus, com uma bucha e sabão nas mãos nos lavando como fazemos com uma panela onde o arroz se queimou; precisa esfregar bastante, mas o resultado é maravilhoso. 
Abrir mão de algo que julgamos ser nosso direito é muito difícil, dói não fazer justiça com nossas próprias mãos, retribuir à altura uma ofensa, sair perdendo em uma discussão, etc. Todas estas situações fazem parte do nosso dia-a-dia, e muitas vezes nós pensamos: "O Senhor entende né Jesus, porque fiz isso ou aquilo"; mais uma vez a resposta é um sonoro NÃO. Ele estabeleceu um modelo de vida para vivermos, em santidade, se irando mas não pecando, amando quem nos odeia, abençoando quem nos amaldiçoa. E isto não nos faz menores e sim grandes, pois Ele é quem exalta o abatido e faz justiça ao injustiçado. Quando ele concluiu seu discurso no capítulo 7 de Mateus, a multidão estava admirada, com sua forma de ensinar. 
Somos rodeados por uma grande nuvem de testemunhas, que esperam ver em nós as mesmas características que se vê em Cristo.
A porta da salvação é apertada (MT 7.13), só pode entrar por ela quem se propõe a mudar, a deixar para trás um modo de viver que seja diferente do que Jesus ensinou. 
"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo".  2 Coríntios 5.17
Nos estabelecer sobre a rocha pode até ser um pouco mais doloroso, mas aquele que perseverar até o fim este será salvo (MT 10.22).
E aí, onde você firmará sua vida? Espero que a resposta seja: Sobre a rocha.




Abraço!